
Por Donato Ferrara
Nota: Este artigo dá sequência à nossa discussão sobre as meditações matinais dos estoicos. Mais uma vez, há uma parte histórica e teórica, um tanto mais alentada, e outra voltada à prática (“Resumo prático”), a que você pode ir se desejar ler um tratamento mais direto do tema. Além disso, reconheço minha dívida para com algumas fontes, como esta entrada do Daily Stoic, este post do Modern Stoicism e este do Stoic Journey; também novamente útil foi o capítulo “O exame de consciência entre os antigos”, do livro Estudos morais sobre a Antiguidade, de B.-C. Martha. Um conhecimento sólido só pode ser construído quando nos apoiamos no bom trabalho dos outros e lhes damos o reconhecimento devido.
TEORIA E HISTÓRIA
O exercício estoico da meditação noturna também parece ter-se derivado de técnicas do pitagorismo. A esse respeito, os Versos de ouro, recolha de leis ou preceitos anônima que condensa a sabedoria dos seguidores do filósofo de Samos, diz-nos o seguinte:
Não permita que o doce sono cerre-lhe os olhos,
sem ter repassado consigo o que você fez durante o dia:
Em que errei? O que fiz? Omiti-me em algo que deveria ter feito?
Considere todas as suas ações desde a primeira, sem esquecer nenhuma.
Castigue-se pelas ações más e regozije-se pelas boas.
Versos de ouro, v. 40-44
Continuar lendo “As meditações diárias, 2: A meditação noturna ou retrospectiva”
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