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Reproduzido com a permissão do autor (texto original).

Por Paula Trindade e Kai Whiting
O Estoicismo foi provavelmente a primeira corrente filosófica que reconheceu a igualdade entre todas as pessoas. Para os antigos estoicos, o caminho para a felicidade estaria aberto a todos, pelo simples facto de se ser um humano. Não dependia do género, da origem ou da cidadania. Mais ainda, os estoicos defenderam que qualquer pessoa poderia aceder ao bem-estar, inclusivamente se não possuísse saúde, riqueza ou um elevado nível de educação. Estas teorias ainda formam a base do conceito estoico de cosmopolitismo, assim como o da construção dos “círculos de preocupação”, concebidos pelo filósofo Hiérocles. O círculo interior representa o “eu”, ou seja, a si próprio. Os seguintes as ligações mais próximas, como a “família” e os “amigos”. Depois, chegamos aos círculos mais afastados, até atingirmos toda a humanidade. O que se pretende é uma reflexão sobre cada círculo até que se converta no primeiro, de que cada um faz parte. Ao fazê-lo, damos espaço para reconhecer toda a humanidade em nós próprios e a nós mesmos na humanidade inteira. Ao atuarmos desta forma, as diferenças entre as pessoas desaparecem, ao mesmo tempo que ganham força as características que temos em comum.