Por Renato Pereira Diniz (Músico. BH)
“Das coisas existentes, algumas são encargos nossos, outras não.” (ENCH.1.1)
Sempre tive, desde há muito tempo, uma peculiar admiração pela filosofia estoica, sobretudo por Epicteto, mas nunca havia tido a oportunidade de ler e/ou estudar a filosofia epictetiana a partir de fontes confiáveis. Há mais de sete anos, quis o Destino que eu, ao pesquisar na Internet sobre o tema, encontrasse esta pérola que é o Encheirídion de Epicteto – obra traduzida e comentada por Aldo Dinucci. Fiquei encantado com o conteúdo do volume e com a extrema competência, clareza e precisão do tradutor e de seus comentários. Entrei em contato com o professor, que, numa atitude altruísta e empática, enviou-me um exemplar de sua obra. A partir de então, tenho lido, estudado, memorizado, interpretando os capítulos deste inigualável livro, bem como as Diatribes, de Epicteto e escritos correlatos do professor Aldo. Conclusão: hoje digo, com cem por cento de certeza, que o estoicismo epictetiano me basta plenamente, pois é uma filosofia prática, pragmática e exequível. Tento praticá-la. Digo “tento”, porque a prática é difícil, e preciso me esforçar cotidianamente para que minhas atitudes diárias sejam tomadas de acordo com os princípios morais epictetianos. Em casa, solitariamente; em qualquer lugar, com outras pessoas ou não. O estoicismo de nosso filósofo passou a ser minha manifestação de ser, de estar e de perceber o mundo. Enfim, ocorreu uma mudança para melhor, de cento e oitenta graus, em minha vida. Estou percebendo e trabalhando os embates – fantasias = representações – que a vida me coloca (tanto os mais brandos quanto os mais duros), com mais coragem e tranquilidade.
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